sábado, 31 de março de 2012

Semana de Conscientização do Autismo



Semana que vem estaremos comemorando a

 Semana de Conscientização do Autismo

Na segunda feira dia 02/04 às 18:30: MISSA NA IGREJA SÃO BENEDITO com o padre Donizete da Canção Nova

Na quarta feira dia 04/04 às 19h :  ENCONTRO COM A EDUCAÇÃO na Casa de Brincar, onde estaremos recebendo a secretária de Educação Ana Rothe, responsável pela educação inclusive Carla e sua equipe e a Dra.Maryse Suplino, diretora do centro Sullivan, que trabalha com educação inclusiva no RJ.


Todos poderão esclarecer dúvidas, fazer peguntas e aprender um pouco mais sobre a educação inclusiva....
Pedimos para aqueles que tem perguntas, que enviem para o email casa.de.brincar@hotmail.com (não aceitaremos perguntas no dia), e para que confirmem a presença pelo telefone 24479895.
Oportunidade única de esclarecimentos de dúvidas!!!!

Bjs a todos........

quarta-feira, 28 de março de 2012







Aula de Natação inaugura atividades da 

Casa de Brincar

Por: Maria Alina Gusmão

Na última sexta-feira, dia 23-03-2012, foi realizada a primeira aula de Natação da Casa de Brincar. Tivemos como objetivo nesse primeiro momento trazer os pais para o ambiente aquático, de modo que eles pudessem experimentar,  brincar e se socializar no meio líquido.  Foi um momento muito prazeroso e surpreendente! A alegria e o prazer estampado na face dos pais de estarem ali se divertindo foi emocionante! Além das brincadeiras, eles puderam ter acesso aos primeiros passos de como se locomover, de interagir, e como aos poucos “quebrar o medo” dentro de uma piscina, tudo isso orientado pelo professor Sandro Arêdes.
        Esse encontro foi o pontapé inicial para as atividades da Oficina de Natação. Os pais reconhecendo o espaço e o modo de trabalho dos profissionais gera certamente um maior conforto e segurança para estarem ali acompanhando seus filhos nas ações.
        Não temos dúvidas que assim como na Oficina de Natação, todos os espaços e atividades ofertadas pela Casa de Brincar será uma conquista e um estreitar de laços muito importante para cada família ali envolvida.

        Sejam muito bem vindos e mãos à obra!!!
 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Clipe da música Até o Fim, de Fantine Tho, direção de Marco Rodrigues, com o tema AUTISMO

     



                                                                                                              
































Dia mundial do autismo: Brasil espera aprovação de lei pelos deputados



Sugestão de leitura: Érica Rangel

Todo 2 de abril comemora-se o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, data decretada pela ONU (Organização das Nações Unidas), desde 2008, pedindo mais atenção ao transtorno do espectro autista (nome "oficial" do autismo), cuja incidência em crianças é mais comum e maior do que a soma dos casos de AIDS, câncer e diabetes juntos. No Brasil estima-se que tenhamos 2 milhões de autistas, mais da metada ainda sem diagnóstico.


O Brasil fez o maior evento de sua história para a data no ano passado (2011) em todos os Estados. E agora, em 2012, repete-se com ainda mais força, monumentos serão iluminados de azul na data, como o Cristo Redentor (no Rio de Janeiro), a Ponte Estaiada, o Viaduto do Chá, o Monumento à Bandeira, a Fiesp e a Assembleia Legislativa (em São Paulo), a torre da Unisa do Gasômetro (em Porto Alegre) e muitos outros locais (veja a lista completa emhttp://RevistaAutismo.com.br/DiaMundial. No mundo estarão iluminados também vários cartões-postais, como o Empire State Building (nos Estados Unidos), a CN Tower (no Canadá) entre outros — é o movimento mundial chamado "Light It Up Blue", iniciado pelos estadunidenses. O azul foi definido como a cor símbolo do autismo, porque a síndrome é mais comum nos meninos — na proporção de quatro meninos para cada menina. A ideia é iluminar pontos importantes do planeta na cor azul para chamar a atenção da sociedade, poder falar sobre autismo e levantar a discussão a respeito dessa complexa síndrome. O logo brasileiro do "Dia A", adaptado pelo publicitário Martim Fanucchi sobre a arte do logo oficial, assim como o cartaz e o vídeo da campanha estão disponíveis no site RevistaAutismo.com.br/DiaMundial, página oficial do evento no Brasil. Martim é editor de Arte da única revista a respeito dessa síndrome na América Latina, a Revista Autismo, uma publicação gratuita, sem fins lucrativos, feita por pais de autistas, que pode ser acessada íntegralmente no site citado, sem restrições

 


À espera dos deputados federais



Muitos podem pensar que autismo é algo raro, porém, os números aceitos pela comunidade internacional são de um autista para cada 110, estatística do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão do governo dos Estados Unidos. Números alarmantes, que deveriam colocar o autismo entre as prioridades nas políticas de saúde pública.

Em junho de 2011, o Senado aprovou um projeto de lei que garantirá direitos e atendimento aos autistas do Brasil — que atualmente não contam com tratamento pela rede pública de saúde.  Para ir à sanção da presidente Dilma e virar lei, o projeto precisa ainda ser aprovado pela Câmara Federal, mas está parado sem entrar na pauta dos deputados há mais de oito meses. Muitos pais perguntam: "Até quando?" — o andamento do projeto pode ser acompanhado online emhttp://LeiFederal.RevistaAutismo.com.br com informações do site da Câmara. O autismo não é considerado uma deficiência física nem mental, portanto não se encaixa na maioria dos direitos já conquistados pelas pessoas com deficiências no país. No início deste ano, no Rio de Janeiro (RJ) e em Belo Horizonte (MG) pais se mobilizaram para derrubar vetos do Executivo a leis que beneficiam os autistas.
Outro episódio de destaque em 2011, foi o lançamento no Brasil do primeiro videoclipe a respeito de autismo, com a música "Até o Fim", da cantora Fantine Thó (ex-integrante do grupo Rouge), dirigido pelo cineasta Marco Rodrigues — o clipe pode ser visto online no Youtube e na MTV Brasil.

Logo_Dia_AVários níveis no espectro

 
Um dos únicos consensos entre a comunidade médica em todo o mundo é de que quanto antes o diagnóstico for feito e o tratamento iniciado, melhor será a qualidade de vida da pessoa com autismo. A fim de auxiliar a descoberta precoce e para que a sociedade comece a conhecer os sutis sinais do autismo em bebês e crianças cada vez mais cedo, a editoraM.Books está lançando o livro "Autismo — Não espere, aja logo!" (132 páginas, R$ 39), sem linguagem técnica, de leigo para leigo, do jornalista Paiva Junior, pai de um garoto que está no espectro do autismo e editor-chefe da Revista Autismo. O livro, que tem prefácio do neuropediatra José Salomão Schwartzman e contra-capa com texto do neurocientista Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia (EUA), poderá ser encontrado no site do autor (PaivaJunior.com.br) a partir de abril, o mês do autismo.

Para muitos, o autismo remete à imagem dos casos mais graves, porém há vários níveis dentro do espectro autista. Nos limites dessa variação, há desde casos com sérios comprometimentos do cérebro, até raros casos com diversas habilidades mentais, como a Síndrome de Asperger (um tipo leve de autismo) – atribuída inclusive aos gênios Leonardo Da Vinci, Michelângelo, Mozart e Einstein. Mas é preciso desfazer o mito de que todo autista tem “superpoderes”. Os casos de genialidade são raríssimos.
A medicina e a ciência, de um modo geral, sabem muito pouco sobre o autismo, descrito pela primeira vez em 1943 e somente 1993 incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID 10) da Organização Mundial de Saúde como um Transtorno do Desenvolvimento, que afeta a comunicação, a socialização e o comportamento.

Outro mito é o de que o autista vive em seu próprio mundo. Não. Ele vive em nosso mundo. Muitos autistas, porém, têm dificuldade em interagir e se comunicar, por isso não estabelecem uma conversa, ou mantêm uma brincadeira, e tendem a isolar-se — não porque querem, mas por não conseguirem. Ao pensar que o autista não tem um mundo próprio, teremos mais chances de incluí-lo em "nosso mundo" com o respeito que merecem, pois preconceito se combate com informação. Para contribuir, procure saber mais sobre o autismo e ajude a divulgar o 2 de abril


terça-feira, 20 de março de 2012



O ano de 2012 se inicia para a Casa de Brincar , então...


Por: Érika Muller 



O ano novo chega para nos lembrar desse cotidiano que se re-escreve a cada encontro.
Encontrar é um ato de continuo para nos disponibilizarmos para a renovação, colocarmos nossa escuta em estado de atenção, apurar nosso olhar para desenhar cenários que não fazem parte de nossos mundos e que nascerão como realidade a partir do outro. Encontrar
é cuidar de viver este ato de recomeçar a partir do outro.
Depois de certos encontros nasce em nós o novo, nossas vidas transformadas: encontros que nos reviram, nos despem do que fomos até ali, recolocam novas formas. O encontro pode ser um grito que nos liberta de anos contínuos presos em medos e solidão. Um encontro pode ser caminho de saída ou entrada, caminho para amar ou odiar, para a indiferença e a falta do perdão que nos
impede de re comemorar um ano novo.
Que 2012 nos lembre do novo ano que nos espera em cada pessoa. Aconteça ou não, sejamos capazes ou não, o novo vive na potencialidade do que está por vir através do outro.
Que em 2012 possamos viver o sonho que está dentro de cada
encontro.


(Texto de Morgana Masetti.)  







segunda-feira, 19 de março de 2012

Atenção: autismo não é raro.


Atenção: autismo não é raro.
Leia o relato abaixo...
Dra. Carla Gikovate
Médica — Neurologista infantil — Mestre em Psicologia
Especialista em Educação Especial Inclusiva










Yuri nasceu no dia 27 de abril de 1992. Um bebê grande a sadio. Tivemos alta do hospital em Caxias em três dias, sem qualquer problema. Quando pequeno não dava nenhum trabalho. Não chorava e costumava ficar muito quieto. Ficava inquieto somente quando se mexia com ele. Eu o achava diferente do meu filho mais velho. Comentava isso com o pediatra, mas ele me dizia:mãe, você não pode comparar uma criança com a outra’.

Como mãe, eu sabia que algo estava errado, mas não sabia como agir. Com dois anos, não olhava quando a gente falava e parecia ser surdo. Com três anos, o seu jeito diferente não mudava. Pelo contrario, foi ficando cada vez mais inquieto. Ficava agitado em lugares fechados e incontrolável em lugares com muita gente. Eu não podia levá‑lo a comemorações ou a uma festa, pois ficava muito nervoso. Nessa idade, não falava nenhuma palavra e somente emitia sons. Fazia xixi e cocô atrás do sofá, nunca no banheiro.

Fui obrigada a parar de trabalhar, pois meu filho precisava muito de mim. Novamente expus minhas angústias para o pediatra que me recomendou colocar Yuri na escola. Coloquei, mas ele não queria ficar de jeito nenhum. Não gostava de lugar fechado.

Um dia, ainda com três anos, estávamos indo a pé para a escola quando ele leu a palavra SORVETERIA em um carrinho de sorvete. Não dei importância ao fato, pois imaginei que alguémjá tivesse comprado um sorvete para ele naquele carrinho. Num outro dia, comprei balas para ele e ele começou a ler o que estava escrito nos papeis das balas. Foi um susto. Ele não falava, mas lia! Como entender isso?

Com quatro anos, ele foi diagnosticado como autista. Fiquei feliz em saber o nome do que o meu filho tinha. Fiquei com medo, porém, por não saber o que era isso. Com o tempo, fui aprendendo mais a mais. O Yuri já passou por muitas fases a superou muitas coisas. Agora tem sete anos a estuda em uma escola normal, apesar de ter muitas dificuldades. Está no CA e lê muito bem. Ainda não escreve muita coisa. Consegue se comunicar bem, mas ainda se atrapalha muito para contar alguma história. Tem horas que ele fala muito confuso.

Hoje, olhando para o Yuri alegro-me em saber que neste mundo há lugar para o meu filho. Mesmo com as suas dificuldades, ele é querido na escola, na igreja a na sua família “.


Este pequeno texto expressa a fala de uma mãe que, como tantas outras, nunca havia ouvido falar em autismo antes de ter um filho autista. Por diversas vezes, a mãe do Yuri já identificou na rua outras crianças com quadro clínico de autismo, ainda não diagnosticado por um médico

domingo, 18 de março de 2012




CHAMADA TV GLOBO – DIA MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO NO BRASIL
GRUPO DE PAIS - O BRASIL PRECISA CONHECER O AUTISMO 

Abraça - Associação Brasileira para Ação por direitos da Pessoa com Autismo



VIVENDO O AUTISMO SEM PRECONCEITOS: 
Vida Independente e Inclusão na Comunidade
Fortaleza, 2 de abril de 2011.
O autismo é considerado um distúrbio do neurodesenvolvimento que se manifesta precocemente e afeta as habilidades de comunicação, comportamento e interação social. O termo engloba os conhecidos como «Transtornos do Espectro do Autismo - TEA», também chamados «Transtornos Globais do Desenvolvimento». Estudos no âmbito internacional apontam que quase 1% da população possui algum Transtorno do Espectro do Autismo, no Brasil isso pode significar algo em torno de 1,9 milhão de pessoas. O grupo de pessoas com TEA é bastante diverso, composto desde pessoas que não se comunicam verbalmente e que também têm deficiência intelectual até os chamados gênios com habilidades específicas.
O diagnostico precoce, apoio à família e atendimento multiprofissional adequado podem ajudar às pessoas com autismo a desenvolverem seu potencial, no entanto em todo apoio e suporte oferecidos devem ser levados em consideração os princípios fundamentais da dignidade, não discriminação, participação, inclusão, autonomia e respeito pela diferença.
A Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece os direitos básicos e liberdades fundamentais das pessoas com autismo através da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que foi ratificada pelo Brasil com status de emenda constitucional em julho de 2008.
A despeito de terem seus direitos humanos garantidos na Convenção, não são raros os casos de pessoas com autismo que vivem reclusas em suas própria casas, recolhidas em abrigos de longa permanência ou abandonadas em situação de negligência, sem o mesmo acesso que as outras pessoas têm aos bens e serviços da comunidade. Fazem parte da realidade das pessoas autistas e suas famílias experiências de preconceito, indiferença, abandono, falta de escolas inclusivas que atendam suas necessidades, indisponibilidade dos serviços médicos qualificados e pouca cobertura e abrangência dos serviços de habilitação e reabilitação.
No entanto, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, em seu Artigo 19 - Vida Independente e Inclusão na Comunidade -, determina que as pessoas com autismo têm direito de ser acolhidas por sua família assim como viver e usufruir dos bens e serviços disponíveis na comunidade. Os Governos devem adotar medidas para prevenir situações de abando e garantir a todos e a todas acesso à vida em comunidade com o máximo de independência possível. Medidas que incluem:
• Disponibilizar serviços específicos em domicílio, inclusive serviços de atendentes pessoais ou cuidadores, que forem necessários como apoio para que as pessoas com autismo vivam e sejam incluídas na comunidade e para evitar que fiquem isoladas ou segregadas;
• Preparar os serviços e instalações públicas disponíveis na comunidade para serem inclusivas e acessíveis às pessoas com autismo. As escolas, postos de saúde, praças, parques e serviços disponíveis a população geral devem estar disponíveis e aptos a atender também as pessoas com autismo. Nenhum serviço público ou privado pode ser negado sob alegação de que é autista. Isso é discriminação baseada na deficiência.
• Empoderar autistas e suas famílias. É preciso fornecer informações, conscientizar e fortalecer as famílias para que elas estejam habilitadas a defender os direitos de seus filhos com autismo.
O dia 2 de abril foi decretado pela ONU o Dia Mundial de Consciência sobre o Autismo com intuito de fomentar Governo e Sociedade a discutir e repensar a situação das pessoas com autismo sob a ótica dos direitos humanos. Pensemos então o que está faltando para que as pessoas com autismo possam usufruir dos bens, serviços e da vida em comunidade, com pleno acesso a sua cidadania.
Atenciosamente,
Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo - ABRAÇA


https://www.facebook.com/AUTISMO.BR