O Gigante Azul Acordou!
Edney Trindade
Neste último dia Sete de Setembro a Casa de Brincar esteve
presente no Ato Cívico no Largo da Feira em Barra do Piraí, evento este que
comemora a Independência do Brasil, por consequência de "todos" os
brasileiros.
Com o apoio dos pais e funcionários, foi feita a
distribuição de panfletos e alguns informativos sobre o autismo, além da
divulgação do belíssimo trabalho feito pela Casa de Brincar em prol da
independência desses pequenos brasileiros.
Com cartazes e faixas esta a Casa de Brincar repetiu a manifestação
pacífica feita em primeiro de setembro na Praça Brasil em Volta Redonda, cujo
objetivo é solicitar ao poder público o cumprimento da lei 12.764 de 27 de
dezembro de 2012, mais conhecida como a Lei Berenice Piana. Nesta lei estão
previstos:
Artigo 3º - dos
direitos do autista:
I - a vida digna, a integridade física e moral, o livre
desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer;
II - a proteção contra qualquer forma de abuso e exploração;
III - o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à
atenção integral às suas necessidades de saúde, incluindo:
a) o diagnóstico precoce, ainda
que não definitivo;
b) o atendimento multiprofissional;
c) a nutrição adequada e a
terapia nutricional;
d) os medicamentos;
e) informações que auxiliem no
diagnóstico e no tratamento;
IV - o acesso:
a) à educação e ao ensino
profissionalizante;
b) à moradia, inclusive à
residência protegida;
c) ao mercado de trabalho;
d) à previdência social e à
assistência social.
Em ambas as manifestações a Casa de Brincar contou com o
apoio e receptividade das pessoas que passavam pelo local, fazendo com que a
manifestação atingisse seu objetivo, levar ao conhecimento de todos um pouco do
cotidiano das crianças autistas e de seus familiares.
O apoio e a divulgação do trabalho é sempre muito importante
pois contribui para a inclusão social dessas crianças, não restringindo aos
mesmos o contato apenas com outras famílias que enfrentam o autismo.
É preciso que as pessoas estejam preparadas para o convívio
com os autistas, assim as diferenças serão eliminadas, as oportunidades
igualadas, haverá respeito, compreensão e talvez algo muito maior que uma lei,
cujo único objetivo é o de criar mecanismos para que algo seja cumprido associando
a ele uma punição, haverá a prática consciente da sociedade de que todos somos
iguais.